Trauma infantil e crime sexual: uma análise de caso a partir de Freud, Stoller e da linhagem psicanalítica Ferenczi-Winnicott

Autores

  • Jaqueline Feltrin Inada
  • Alfredo Naffah Neto

Palavras-chave:

Trauma infantil. Crime sexual. Psicanálise.

Resumo

Este artigo investiga a relação entre trauma infantil e crime sexual valendo-se da análise de processos penais, fundamentada em Freud, Stoller e na linhagem Ferenczi-Winnicott. De diferentes perspectivas, as interpretações se complementam, ao lançarem luz sobre um mesmo fenômeno. A partir de uma base freudiana, que vê certos traumas como irrepresentáveis e, nessa direção, compulsivamente repetidos (a partir do texto Além do princípio de prazer, 1920/2010), Stoller, por um lado, edifica sua compreensão relacionando a experiência traumática à formação da perversão, como um modo psíquico de operar que almeja a aniquilação do trauma por meio da obtenção cruel do prazer a qualquer custo. Sem apontar vítimas e culpados, a linhagem psicanalítica Ferenczi-Winnicott, por outro lado, concebe o crime como uma tentativa de controle psíquico da experiência traumática, a partir da qual o agressor se torna objeto de identificação e introjeção da vítima que, assim, o faz desaparecer de sua realidade, a fim de proteger seu verdadeiro self.

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Publicado

2018-10-31

Como Citar

Feltrin Inada, J., & Naffah Neto, A. (2018). Trauma infantil e crime sexual: uma análise de caso a partir de Freud, Stoller e da linhagem psicanalítica Ferenczi-Winnicott. Revista Pesquisas E Práticas Psicossociais, 13(4), 1–11. Recuperado de http://www.seer.ufsj.edu.br/revista_ppp/article/view/3149

Edição

Seção

Artigos