Decolonialidade e pesquisas narrativas: contribuições para a Psicologia Comunitária

Autores

Palavras-chave:

Psicologia Comunitária, Narrativas, Decolonialidade

Resumo

Esse artigo intencionou localizar aproximações entre as pesquisas narrativas (auto)biográficas e a Psicologia Social Comunitária. Foi possível construir um encontro esses campos haja vista a produção de uma indeterminidade entre o sujeito e a sociedade que ambos sustentam como referência epistêmica. O que implica alguns cuidados ético-políticos na análise-intervenção psicossocial das narrativas no âmbito comunitário. Ademais, reconhece-se que os efeitos da colonização latina ainda nutrem lugares de enunciação muito distintos para alguns sujeitos marcados pela diferença/desigualdade colonial na sociedade brasileira. O que requer o testemunho e ação de interlocutores que possam constituir um campo simbólico que interpele a narrativa da desigualdade para que ela possa se abrir para novas significações, rompendo com o local do subalternizado, apenas, como vitimização. É fundamental, portanto, que não totalizemos o incômodo que alguns relatos narrativos dos subalternos provocam; mas, devemos valorizar, eticamente, não sem autocríticas, os deslocamentos que eles proporcionam às narrativas comunitárias tradicionais

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Biografia do Autor

RICARDO DIAS DE CASTRO, UFMG

Atualmente, é professor na Faculdade Ciências da Vida (FCV) e doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (2018). É formado, em Psicologia, pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da mesma universidade (2013). É integrante do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão Conexões de Saberes/FAFICH/UFMG Possui, também, percurso acadêmico e de atuação nas áreas de Psicologia Social e Psicologia Política. Possui interesse, principalmente, com os temas: Relações Raciais no Brasil, Classe Média Negra, Ações Afirmativas, Democratização do Ensino Superior Público, Psicologia Comunitária, Gênero e Sexualidade, Epistemologias Feministas e Antirracistas, Decolonialidade, Metodologias Participativas e Narrativas.

Claudia Mayorga, UFMG

Doutora em Psicologia Social pela Universidade Complutense de Madri - Espanha com foco em estudo sobre gênero, política e feminismo. É professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais e do Programa de Pós-graduação em Psicologia. Coordena o Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão Conexões de Saberes na UFMG. Atuou como pesquisadora visitante na Universidade Complutense de Madrid (2011 e 2012). Atualmente é co-editora da Revista Psicoperspectivas - Chile (Qualis B1). Foi editora chefe da Revista Psicologia & Sociedade (Qualis A2), periódico científico da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) (2012-2015) e Editora da Revista Interfaces - Revista de Extensão da UFMG (Qualis B3 -Interdisciplinar) de 2015 a 2018. Foi membro do Comitê Editorial de Scielo em Perspectiva - Humanas (2014 e 2015). Foi membro da Diretoria Nacional da Abrapso (2004/2005) e vice-presidente da Abrapso Regional Minas (2006/2007). Como editora da Revista Psicologia & Sociedade, recebeu grant da American Psychological Association (2012/2013). Áreas de pesquisa e extensão: Psicologia Social e Feminismo com os seguintes temas: gênero, relações raciais, sexualidade e política; análise interseccional da desigualdade social brasileira; psicologia comunitária, favela e intervenção psicossocial; juventude e participação; democratização da universidade e ações afirmativas; epistemologia feminista e metodologias participativas. Foi Pró-reitora adjunta de extensão da UFMG (2014-2018). Atualmente é Pró-reitora de Extensão da UFMG (2018-2022).

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Publicado

2019-08-28

Como Citar

DE CASTRO, R. D., & Mayorga, C. (2019). Decolonialidade e pesquisas narrativas: contribuições para a Psicologia Comunitária. Revista Pesquisas E Práticas Psicossociais, 14(3), 1–18. Recuperado de http://www.seer.ufsj.edu.br/revista_ppp/article/view/e3178

Edição

Seção

Artigos