Processos de Medicalização de Crianças e Adolescentes nos Relatórios do UNICEF

Autores

  • Flávia Cristina Silveira Lemos
  • Dolores Galindo
  • Robert Damasceno Rodrigues

Palavras-chave:

UNICEF, Crianças e Adolescentes, Michel Foucault, Medicalização, Genealogia.

Resumo

Este artigo, de abordagem genealógica e com ferramentas de Michel Foucault, problematiza as práticas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Brasil direcionadas às crianças e aos adolescentes no que tange aos efeitos de medicalização da vida. Trata-se de uma pesquisa histórico-documental dos relatórios produzidos pelo UNICEF Brasil, sede nacional da agência multilateral. No conjunto de práticas dessa agência, destacam-se aquelas que são específicas à medicalização de crianças e adolescentes. A análise documental permite afirmar que, mesmo quando as práticas previstas nos relatórios visam promover, garantir e defender direitos das crianças e adolescentes, elas se articulam a um projeto de medicalização por meio de intervenções higienistas e de governo das condutas. Assim, paradoxalmente, as práticas de promoção de direitos dessa agência terminam por forjar controle e saúde, o que constitui um desafio atual referentes a problemas relatados sobre a infância e a juventude.

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Como Citar

Lemos, F. C. S., Galindo, D., & Rodrigues, R. D. (2015). Processos de Medicalização de Crianças e Adolescentes nos Relatórios do UNICEF. Revista Pesquisas E Práticas Psicossociais, 9(2), 201–212. Recuperado de http://www.seer.ufsj.edu.br/revista_ppp/article/view/928

Edição

Seção

Artigos